segunda-feira, fevereiro 18, 2013

a magia da imortalidade...



 
"Não há qualquer magia na imortalidade.
No Egito, eu adorava o perfume do lótus. Uma flor floria no lago, à alvorada, enchendo todo o jardim com um almíscar azul tão poderoso que parecia que até os peixes e os patos desfaleceriam. À noite, a flor poderia murchar, mas o perfume perdurava. Mais e mais fraco, mas nunca inteiramente desaparecido. Mesmo muitos dias mais tarde, o lótus permanecia no jardim.
Passavam-se meses, e uma abelha aterrava perto do lugar onde o lótus tinha florido, e a essência dele era mais uma vez libertada, momentânea, mas inegável.
O Egito adorava o lótus, porque este nunca morre. Passa-se o mesmo com as pessoas que são amadas. É assim que algo tão insignificante como um nome (duas sílabas, uma aguda, outra doce) pode invocar os inumeráveis sorrisos e lágrimas, suspiros e sonhos de uma vida humana.
Se te sentares na margem de um rio, verás apenas uma pequena parte da superfície dele. E, no entanto, a água que está perante os teus olhos é prova de incognoscíveis profundidades. O meu coração enche-se de agradecimentos pela bondade que demonstraste para comigo, ao te sentares na margem deste rio, ao visitares os ecos do meu nome. Bênçãos sobre os teus olhos e sobre os teus filhos. Bênçãos sobre o chão que pisas. Onde quer que vás, eu irei contigo."

Anita Diamant
in tenda vermelha 

sábado, fevereiro 09, 2013

ANUKET : AQUELA QUE ABRAÇA.



A MULHER LIVRE:




FIEL AO "ARQUÉTIPO DA DEUSA VIRGEM""A Deusa Anuket está associada à Lua Crescente e a característica da Deusa desta fase é ser virgem. Mas virgem, no sentido de ser essencialmente uma-em-si-mesma. Isto explica o porquê de ser considerada uma Deusa andrógina. Ela não é, portanto, a contraparte feminina de um deus masculino. Ao contrário, ela tem um papel próprio. Ela é a mais Antiga e Eterna, a Mãe do deus Ra e Mãe de todas as coisas.

Da mesma forma, a mulher contemporânea que incorpora o arquétipo de Anuket é "virgem" em sua conotação psicológica. Uma mulher que é dependente do que outras pessoas pensam, que a faz dizer e fazer coisas que realmente não aprova, não é virgem no sentido do termo. A mulher virgem é livre para ser como deseja. Ela é o que é. Mas romper leis convencionais, não pode levá-la ao egocentrismo, pois deste modo a cura se tornaria pior que a doença.

Mas, como pode então a mulher libertar-se de sua orientação egocêntrica? Quando buscar objetivos não-pessoais e relacionar-se corretamente com sua Deusa Interior, terá como resultado a liberação do egotismo e do egoísmo. Ela deixará então de ser vista como uma egoísta, para consolidar uma personalidade de significação mais profunda. Para tanto, deve ser conhecedora dos ensinamentos antigos da Deusa. É entendendo a concepção primitiva das deidades lunares, que eram tanto provedoras da fertilidade, como destruidoras da vida, que poderemos incorporar os princípios femininos das Deusas, nos tornando então, "virgens", uma-em-si-mesmas. "

Rosane Volpatto
 

ANUKET : SIGNNIFICA AQUELA QUE ABRAÇA.