sexta-feira, novembro 30, 2007

O GATO...


A CONSCIÊNCIA, O AUTÓMATO E O GATO...


(...) "O ser humano ainda não iluminado pela sua consciência espiritual quanto aos valores reais ou relativos, deixa o seu mental apoiar os desejos instintivos do seu ser inferior, cujas exigências anárquicas criam tumultos de aceleração de impaciência, e de caprichos incoerentes. Sofrendo dessas influências, o Autómato humano assemelha-se a certo tipos de animais. O cão treme de impaciência diante do osso avidamente desejado. A inconstância do macaco é típica pela sua dispersão de ideias. A agitação da mosca lança-a para a armadilha da aranha. A pressa é a preocupação da abelha pelo dever social; é também a inquietação da formiga que tem sempre qualquer coisa que fazer, mas que se precipita em voltas supérfluas, sabendo a direcção, mas não a maneira de contornar os obstáculos.
Ao contrário de outros animais que nos dão uma lição de mestria, sendo
exemplo disso o gato cuja sabedoria é um modelo porque junta a maior paixão à
mais indiferente calma. Na sua imobilidade reflecte o seu salto, sempre exacto;
a força dos seus rins é proporcional ao relaxe do seu sono: há no seu sono, o
abandono da criança recém-nascida, enquanto que o seu instinto está sempre de
vigília; a sua leveza sem resistência torna a sua queda sem perigo; Caça e luta
são para ele alegria do jogo: ele caça sem ódio e joga sem finalidade;
constantemente pronto ao ataque sem animosidade, e pronto a defender-se sem
apreensão: vencedor indiferente, ele nunca é vencido.
A serenidade é o fruto da independência. Cria em ti esta independência, que não é indiferença, mas neutralidade face às impressões recebidas do exterior: bonito e feio, bom e mau, alegre ou triste, agradável ou penível... Um a coisa é discernir as qualidades, outra é deixá-las afectar a nossa disposição." (...) A paz sobre esta Terra não pode ser a supressão das forças opostas, mas a sua conciliação no interesse de um fim comum: a vida indestrutível"


In « L’OUVERTURE DU CHEMIN » de ISHA s. DE LUBCZ

domingo, novembro 18, 2007

A PORTA DO TEMPLO


A escolha abre ou fecha a porta do Templo, lá onde a Luz sem sombra revela a origem do mundo binário, obra das antinomias.


Aquele que poder franquear a porta reconhecerá o que em si é material, feminino, passivo e aquático é Lua, e o que em si é activo, quente, ardente e sem forma é o Sol. Ele saberá que no mundo da Dualidade, ele projecta no Céu esta Lua e este Sol; ele esqueceu que (estes princípios) estavam nele, para não os ver mais senão fora de si mesmo. É este lugar – ou “momentos” – a que chamamos de “descida das luzes”, quando a inteligência vem ao coração.


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O Faraó – O verdadeiro

(O coração que escuta)


Emprestando o seu coração que em si escuta os lamentos dos que mais sofrem e de todos os seres de verdade, os destituídos de mentiras, de coração equitativo, o ser verdadeiro, aquele cujo coração sabe e conhece os pensamentos pelo coração sem que nada saia dos lábios dos que sofrem pois pelo escutar do seu coração é que lhe é dado o entendimento mais puro.


in Le Miracle Egypcien - Schwaller de Lubicz
tradução livre

segunda-feira, novembro 12, 2007


"L'écho assourdi d'une symphonie oubliée résonne à nouveau en notre mémoire"

in "L'ENERGIE DES PYRAMIDES ET L'HOMME" - Étienne Guillé


O BA E O KA

(...) O “eu” é o portador do nome que assiste, impotente, ao julgamento do seu coração. O Nome é o verbo aparente da personalidade humana terrestre; ele devia ser a expressão do seu Ka e da sua natureza, se ele estivesse correctamente atribu?do. Ele é sempre a fórmula mágica que conserva a sua imagem na mem?ria dos seres. Ele é a veste do eu egoísta; é por isso, que quando este eu ego?sta se apaga diante do homem consciente do seu fim altruísta, nós modificamos o seu nome para o pôr em harmonia com o seu Ser e a sua função verdadeira. - Porquê que é que a alma - pássaro (BA) fica à parte na cena do julgamento? - A alma divina é neutra, impassível e indiferente a esta história pessoal. Se o homem não cultivou a afinidade do seu KA por esta alma, se ele não estabeleceu, por um apelo constante ao seu ser espiritual, a relação que é a sua consciência recíproca, a alma volta para a sua pátria, e o seu ser unificado não se poderá realizar.

" In HER-BAK “Disciple”, de Schwaller de Lubicz.