segunda-feira, janeiro 21, 2008

Dança do Ventre com foco terapêutico



É através da descoberta da alma que a vivência terapêutica da dança do ventre se torna uma dança sagrada e é este o foco do meu trabalho com a dança. Se você deseja participar de nossos cursos, aulas e atividades, entre em contato pelo e-mail e solicite mais informações.O verdadeiro poder do feminino está em ser mulher e usar esta energia feminina para tornar-se mais íntegra e realizada, interna e externamente.

A Dança do Ventre é um belo caminho para o reencontro com a energia feminina. Sua origem oriental está ligada aos rituais de fertilidade da terra, à identificação com a natureza e aos ciclos femininos.

As altas sacerdotisas egípcias consideravam a dança do ventre uma dança sagrada, pois para elas, os movimentos do ventre levavam a uma fusão com energias muito superiores que possibilitavam o contato com o mundo espiritual.Na minha interpretação pessoal e método de ensino, considero a dança do ventre como uma dança sagrada para toda a mulher que deseja vivenciar seus próprios arquétipos femininos, desvendar seus próprios mistérios, consolidar sua integridade pessoal e desfrutar de sua feminilidade e sexualidade de forma saudável.

CARLA LAMPERT

FOTO TIRADA POR MIM...


III

A Grande Esfinge do Egito sonha pôr este papel dentro...

Escrevo - e ela aparece-me através da minha mão transparente

E ao canto do papel erguem-se as pirâmides...
Escrevo - perturbo-me de ver o bico da minha pena


Ser o perfil do rei Quéops...

De repente paro...

Escureceu tudo...

Caio por um abismo feito de tempo...

Estou soterrado sob as pirâmides a escrever versos à luz clara deste candeeiro

E todo o Egito me esmaga de alto através dos traços que faço com a pena...

Ouço a Esfinge rir por dentro

O som da minha pena a correr no papel...

Atravessa o eu não poder vê-la uma mão enorme,

Varre tudo para o canto do teto que fica por detrás de mim,

E sobre o papel onde escrevo, entre ele e a pena que escreve

Jaz o cadáver do rei Queóps, olhando-me com olhos muito abertos,

E entre os nossos olhares que se cruzam corre o Nilo

E uma alegria de barcos embandeirados erra

Numa diagonal difusa

Entre mim e o que eu penso...
Funerais do rei Queóps em ouro velho e Mim!...


FERNANDO PESSOA