terça-feira, agosto 20, 2013

não tenho religião...




-" Não tenho religião nem pertenço a qualquer seita ou colégio de magos. Meus
pilares místicos eu os tirei da Terra dos Deuses e da Terra dos Homens, pois
muito se machucará quem não haurir concomitantemente forças e conhecimentos
dessas duas fontes. Não faço escola nem quero discípulos. Tudo que digo ou
escrevo é fruto de minha experiência pessoal e ninguém deve sentir-se obrigado a
seguir minhas idéias. Sou um livre pensador. Adotei o apelido de sheik porque
sou, como todos, um beduíno da vida, mas não um vagabundo das areias. Tanto
encontrei oásis maravilhosos em minha peregrinação como fui vítima das mais
enganosas miragens. Em ambas as circunstâncias aprendi lições valiosas que
procuro passar a meus companheiros de jornada. Fiz do AMOR, depois de conhecer
o desespero do ateísmo, a minha pedra angular e, assim fazendo, atingi a Sagrada
Compreensão que reconhece em todo os credos uma forma de caminhar sob medida
para a fusão com Brahma.

"Vivemos num planeta de provas e, como alunos, tudo devemos fazer para passar de
ano. Cada um conseguirá, algum dia, libertar-se de seus apegos e ilusões. Isso
demanda tempo e muitas vidas de aprendizado. Ninguém deve ter pressa, porque o
amadurecimento espiritual, imitando a Natureza, não dá saltos. Tudo virá no seu
devido tempo, porque os relógios jamais marcarão meio-dia antes que o sol nasça
de novo e os ponteiros sigam o seu percurso rotineiro. Cada fato da vida, doce
ou amargo, é um retalho precioso, uma experiência única, na colcha de retalhos
da existência em carne. Tudo é válido e tudo é lição, até o corpo estraçalhado
no meio das ferragens de um carro destruído na beira da estrada ou a incômoda
dor de barriga que sucedeu ao nosso excesso gastronômico. A vida é feita de
lágrimas e sorrisos. Nada mudará isto, chame você isto de karma, destino,
praga, azar ou maldição.

(...)

SHEIK AL-KAPARRA



segunda-feira, fevereiro 18, 2013

a magia da imortalidade...



 
"Não há qualquer magia na imortalidade.
No Egito, eu adorava o perfume do lótus. Uma flor floria no lago, à alvorada, enchendo todo o jardim com um almíscar azul tão poderoso que parecia que até os peixes e os patos desfaleceriam. À noite, a flor poderia murchar, mas o perfume perdurava. Mais e mais fraco, mas nunca inteiramente desaparecido. Mesmo muitos dias mais tarde, o lótus permanecia no jardim.
Passavam-se meses, e uma abelha aterrava perto do lugar onde o lótus tinha florido, e a essência dele era mais uma vez libertada, momentânea, mas inegável.
O Egito adorava o lótus, porque este nunca morre. Passa-se o mesmo com as pessoas que são amadas. É assim que algo tão insignificante como um nome (duas sílabas, uma aguda, outra doce) pode invocar os inumeráveis sorrisos e lágrimas, suspiros e sonhos de uma vida humana.
Se te sentares na margem de um rio, verás apenas uma pequena parte da superfície dele. E, no entanto, a água que está perante os teus olhos é prova de incognoscíveis profundidades. O meu coração enche-se de agradecimentos pela bondade que demonstraste para comigo, ao te sentares na margem deste rio, ao visitares os ecos do meu nome. Bênçãos sobre os teus olhos e sobre os teus filhos. Bênçãos sobre o chão que pisas. Onde quer que vás, eu irei contigo."

Anita Diamant
in tenda vermelha 

sábado, fevereiro 09, 2013

ANUKET : AQUELA QUE ABRAÇA.



A MULHER LIVRE:




FIEL AO "ARQUÉTIPO DA DEUSA VIRGEM""A Deusa Anuket está associada à Lua Crescente e a característica da Deusa desta fase é ser virgem. Mas virgem, no sentido de ser essencialmente uma-em-si-mesma. Isto explica o porquê de ser considerada uma Deusa andrógina. Ela não é, portanto, a contraparte feminina de um deus masculino. Ao contrário, ela tem um papel próprio. Ela é a mais Antiga e Eterna, a Mãe do deus Ra e Mãe de todas as coisas.

Da mesma forma, a mulher contemporânea que incorpora o arquétipo de Anuket é "virgem" em sua conotação psicológica. Uma mulher que é dependente do que outras pessoas pensam, que a faz dizer e fazer coisas que realmente não aprova, não é virgem no sentido do termo. A mulher virgem é livre para ser como deseja. Ela é o que é. Mas romper leis convencionais, não pode levá-la ao egocentrismo, pois deste modo a cura se tornaria pior que a doença.

Mas, como pode então a mulher libertar-se de sua orientação egocêntrica? Quando buscar objetivos não-pessoais e relacionar-se corretamente com sua Deusa Interior, terá como resultado a liberação do egotismo e do egoísmo. Ela deixará então de ser vista como uma egoísta, para consolidar uma personalidade de significação mais profunda. Para tanto, deve ser conhecedora dos ensinamentos antigos da Deusa. É entendendo a concepção primitiva das deidades lunares, que eram tanto provedoras da fertilidade, como destruidoras da vida, que poderemos incorporar os princípios femininos das Deusas, nos tornando então, "virgens", uma-em-si-mesmas. "

Rosane Volpatto
 

ANUKET : SIGNNIFICA AQUELA QUE ABRAÇA.