segunda-feira, maio 09, 2016

Abelhas Rainha - Antigo Egito


As Abelhas no antigo EGITO:

O Egito era uma federação (uma federação é a união de vários estados). Os principais estados da federação egípcia eram o Alto (capital Tebas, hoje Luxor) e Baixo Egito (capital Menphis, no hoje Cairo). Cada um dos dois estados tinha uma coroa: Branca era a coroa do Baixo Egito, e vermelha era a coroa do Alto Egito. O rei (O Faraó) da federação utilizava uma coroa combinada. O título dado ao rei era NyswBit, onde Sw significa Alto Egito, e Bit significa Baixo Egito.
O nome Sw significa papiro, o principal produto do Alto Egito; o nome Bit significava Abelha, símbolo do Baixo Egito. Ny é um adjetivo que significa "estar por cima, sobre a alguma coisa";
A 350 a.C. o desenho da abelha foi consagrado como símbolo do Faraó Rei.
Uma imaginação de um Rei da comunidade das abelhas (na verdade uma Rainha, pois Ísis dava ao Faraó o seu Poder para governar o Egito, a colméia). O vestígio que comprova a criação de abelhas em colméias no antigo Egito é encontrado no templo da 5º dinastia da era dos Faraós (2.500 a.C.).
Era um símbolo da realeza no Antigo Egito e dizia-se que esse inseto havia sido gerado a partir das lágrimas de Rá, o deus-sol egípcio. Sua imagem mais difundida é a de símbolo da alma Divina humana. Os opostos bem/mal, também se encontram simbolizados nela. O mal encontra-se simbolizado pelo ferrão e o bem pelo mel e seus derivados. As abelhas também foram domesticadas no Antigo Egito, e forneciam tanto mel como cera.
A cor do mel é o amarelo, uma das três cores da chama trina, que representa o Cristo, é símbolo da paz e DA SABEDORIA espiritual. Está associado ao ouro, à luz do sol, ao intelecto ILUMINADO pelo amor incondicional do coração, à fé e bondade, vigor, força e entusiasmo. É um símbolo da eternidade, da criação, da transfiguração e da meta a ser alcançada na busca espiritual. É a cor da maturidade que emerge da escuridão. Na alquimia encontra-se ligado ao ouro alquímico da transmutação. É considerada a cor da terra fértil e da harmonia entre os princípios opostos e complementares masculino e feminino, obtida através do conhecimento, sabedoria (SOPHIA). No islã, o amarelo ouro é a cor dos homens sábios e na China é a cor do imperador.
("de Childeric o rei"), o que identificou a tumba.
Composição do pólen:
O pólen contém basicamente:
30% de água, 10 a 36% de proteínas, 20 a 40% de glucídeos, 1 a 20% de lipídios (gorduras) (mas usualmente não mais que 5%), 1 a 7% de matérias minerais (apresenta cálcio, cloro, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, silício, enxofre, alumínio, ferro, manganês, níquel, titânio e zinco), além de resinas, matérias corantes, vitaminas A, B, C, D, E, enzimas e coenzimas.
Os principais aminoácidos encontrados em sua composição são principalmente: arginina, histidina, isoleucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e prolina (o mais abundante). São observados também carboidratos (cerca de 29%) que são formados por açúcares reduzidos e quantidades insignificantes de glicose, frutose, rafinose e amido.
Como o valor alimentar do pólen de diferentes fontes, varia grandemente (de 7,02% nos Pinus a 35,5% nas Palmaceas), uma mistura de diferentes fontes botânicas é necessária para propiciar uma dieta balanceada e é isso que a abelha costuma fazer de modo que, em média o pólen coletado por abelhas compara-se em conteúdo protéico com o dos feijões, ervilhas e lentilhas.
O pólen apresenta uma composição química altamente complexa e provavelmente até agora não totalmente elucidada, tendo condições de fornecer praticamente todas as substâncias indispensáveis ao bom funcionamento do organismo humano.
A utilização do pólen como complemento alimentar para o organismo humano exerce uma ação tripla sobre o mesmo, pois além de atuar sobre o crescimento, regula as funções intestinais e o sistema nervoso, e finalmente fortifica o organismo de uma maneira geral. O alimento oferecido pelas abelhas para a humanidade é como uma oferta do amor de Deus, obtido através da captação da beleza das flores, coletadas pelas abelhas e transformada em pólen, mel, cera, própolis...


"DAT ROSA MEL APIBUS" (A Rosa dá o Mel às Abelhas) é um conhecido símbolo Rosacruz.

Incontáveis, organizadas, laboriosas, disciplinadas, infatigáveis, as abelhas não se diferenciam das formigas, como elas símbolos das massas submetidas à inexorabilidade do destino (homem ou Deus) que as acorrenta, se, além disso, não tivessem asas e canto, e não sublimassem em mel imortal o frágil perfume das flores. É quanto basta para conferir elevado alcance espiritual ao seu simbolismo, paralelamente ao temporal. Operárias da colméia, comandadas por UMA RAINHA, que se pode comparar com maior propriedade a um alegre ateliê do que a uma sombria usina, as abelhas asseguram a perenidade da espécie. Mas, quando consideradas individualmente, na qualidade de animadoras do universo entre a terra e o céu, podem também simbolizar seu princípio vital, materializar a alma. Nesse duplo aspecto – coletivo e individual, temporal e espiritual – é que consiste a riqueza de seu complexo simbólico por toda parte em que é testemunhado.
Ao comentar Provérbios 6:8 – Vá observar a abelha e aprenda como ela é laboriosa, São Clemente de Alexandria acrescenta: Pois a abelha se serve das flores de um prado inteiro, para com elas fabricar um só mel. Imitai a prudência das abelhas, recomenda Teolepto de Filadélfia, citando-as como exemplo na vida espiritual das comunidades monásticas.
Para os nosairitas, heresiarcas muçulmanos da Síria, ALI, O Leão de Aláh, é o príncipe das abelhas, as quais, de acordo com certas versões, seriam os anjos, e, segundo outras, os crentes: os verdadeiros crentes se assemelham às abelhas, que escolhem para si as melhores flores.
Na linguagem metafórica dos dervixes Bektachi, a abelha representa o dervixe e o mel é a divina realidade (o Hak) por aquele buscada. Da mesma maneira, em certos textos da Índia, a abelha representa o espírito que se embriaga com o pólen do conhecimento.
Personagem de fábula para os sudaneses e para os habitantes situados dentro da curva do rio Níger, ela já é símbolo da realeza na Caldéia, muito antes de ser glorificada pelo Primeiro Império francês. Esse simbolismo da realeza ou do império é solar, tal como atesta o antigo Egito, por um lado associando-o ao raio e, por outro, declarando que a abelha teria nascido das lágrimas de Rá, o deus do Sol, ao caírem sobre a Terra.
Símbolo da alma, a abelha é por vezes identificada com Deméter na religião grega, em que pode simbolizar a alma descida aos infernos; ou então, ao contrário, materializar a alma saindo do corpo. Pode-se reencontrá-la na Caxemira e em Bengala, em numerosas tradições indígenas da América do Sul, como também na Ásia Central e na Sibéria. Finalmente, Platão afirma que as almas dos homens austeros reencarnam-se sob a forma de abelha.
Figuração da alma e do verbo – em hebraico, o nome da abelha, Dbure, vem da raiz Dbr, palavra -, é normal que a abelha desempenhe também um papel iniciático e litúrgico. Em Elêusis e Éfeso, as sacerdotisas são chamadas de abelhas. Virgílio ressaltou suas virtudes.
Encontramo-las representadas nos túmulos como sinais de sobrevivência além-morte, pois a abelha torna-se símbolo de ressurreição. O inverno (três meses), durante o qual parece desaparecer, pois não sai de sua colméia, é comparado ao período (três dias) durante o qual o corpo de Cristo fica invisível, após sua morte, antes de reaparecer ressuscitado.
A abelha simboliza, ainda, a eloqüência, a poesia e a inteligência.
A lenda sobre Píndaro e Platão (abelhas teriam pousado sobre os lábios de ambos, quando ainda crianças de berço) é repetida com relação a Ambrósio de Milão: as abelhas roçam-lhe os lábios e penetram em sua boca. O conceito de Virgílio, segundo o qual as abelhas encerram uma parcela da divina Inteligência, permanecia vivo para os cristãos da Idade Média. Reencontra-se então o valor simbólico do zumbido, verdadeiro canto da abelha.
Um sacramentário gelasiano faz alusão às extraordinárias qualidades das abelhas que extraem o pólen das flores roçando-as apenas, sem tirar-lhes o viço. Elas não dão à luz; graças ao trabalho de seus lábios tornam-se mães; assim também o Cristo emana da boca do Pai.
Por causa de seu mel e de seu ferrão a abelha é considerada o emblema do Cristo: por um lado, Sua doçura e Sua misericórdia, e por outro, o exercício de Sua justiça na qualidade de Cristo-juiz. Muitas vezes essa figura é evocada pelos autores da Idade Média; para Bernard de Clairvaux (SÃO BERNARDO), simboliza o Espírito Santo.
Os celtas revigoravam-se com um vinho adoçado pelo mel, e com o hidromel. A abelha, cujo mel era utilizado na preparação do hidromel ou licor da imortalidade, era objeto na Irlanda de estrita vigilância legal. Um texto jurídico gaélico da Idade Média declara que a nobreza das abelhas vem do paraíso, e foi por causa do pecado do homem que as abelhas teriam saído de lá; Deus derramou sua graça sobre elas, e é por esse motivo que não se pode celebrar a missa sem a cera. Embora seja este um texto tardio e de inspiração cristã, ele confirma uma tradição muito antiga, pois seu vocabulário ainda apresenta vestígios dessa tradição (a palavra galega cwyraiid, de cwyr, cera, significa perfeito, consumado, e o irlandês moderno céir-bheach, literalmente cera de abelha, designa também a perfeição). O simbolismo da abelha evoca, portanto, entre os celtas como também em outros lugares, os conceitos de sabedoria e de imortalidade da alma.
O conjunto de características recolhidas em todas as tradições culturais denota que por toda parte a abelha surge, essencialmente, como que dotada de uma natureza ígnea, como um ser feito de fogo. Representa as sacerdotisas do templo, as pitonisas, as almas puras dos iniciados, o Espírito, a Palavra ; purifica pelo fogo e nutre com o mel ; queima com seu ferrão e ilumina com seu brilho. No plano social simboliza o senhor da ordem e da prosperidade, rei ou imperador e, igualmente, o ardor guerreiro e a coragem. Aparenta-se aos heróis civilizadores que estabelecem a harmonia por força do saber e do gládio.
Notar a estrutura hexagonal de uma colméia, a forma geométrica perfeita para a função da mesma.
Um símbolo maçônico antigo que é raramente usado hoje, mas era muito popular no século 19 é o símbolo da abelha e da colméia. A abelha sempre simbolizou indústria, trabalho, sabedoria, regeneração e obediência desde o início da era cristã e na verdade foi simbólica das mesmas virtudes para os antigos caldeus, egípcios e romanos e outras civilizações antigas. A colméia é, naturalmente, uma estrutura construída com muito lógica e harmonia - um milagre de engenharia natural - e tem, portanto, um significado especial para os maçons que estudam a construção de personagens e estruturas. A grande perda para os maçons foi não entender que uma colméia e suas abelhas é uma estrutura essencialmente ordenada, construida, mantida e regida PELA ENERGIA FEMININA DA RAINHA da colméia.
Na tradição Cristã é o emblema de Cristo, de sua clemência (pela analogia do doce de seu mel), com sua justiça (por seu ferrão), e as virtudes Cristãs (por causa do modo exemplar e obediente que a abelha operária se comporta diante da abelha rainha).
CONCLUSÃO:
Como podemos observar as ABELHAS E SUAS COLMÉIAS sempre foram consideradas sagradas em todas as culturas antigas de todas as civilizações de todos os tempos. Parece que somente nos dias atuais a sua existência esta sendo posta em risco pelo homem moderno assim como a produção de tudo QUE É BOM (Alimentos), BELO (Flores) E VERDADEIRO (O trabalho), proveniente da obra desses minúsculos seres que são comandados por UMA RAINHA (A Energia Feminina criadora da Deusa), que executam sua missão enquanto estão sofrendo um processo de extinção pelo ataque da loucura do homem e sua "moderna civilização". Esse fato por si só deve ser considerado como um CLARO SINAL dos tempos em que vivemos, em que a destruição de tudo QUE É BOM, BELO E VERDADEIRO é a consequência dos atos insanos de uma civilização à beira do abismo.


Adri Marin : Abelhas Rainha - Antigo Egito.