sexta-feira, abril 22, 2011

Ó MEU CORAÇÃO DE MINHA MÃE...




ORAÇÃO A HATHOR

"Ó vós que estais nas margens do céu ocidental,
que vos alegrais de ir ao encontro de Hathor
e desejais ver a epifania da sua beleza!
Eu dou a conhecer a sua essência,
digo diante dela que me alegro com a sua vista.
Meus braços fazem o gesto certo:

Vem a mim, vem a mim!
Meu corpo fala e meus lábios repetem música dos sacerdotes de Hathor,
música de milhões de sons e centenas de milhar.
Eu sou quem faz com que o cantor da manhã inspire música diàriamente
para Hathor,
e todas as horas em que deseje
que o teu coração se alegre com a sua música".

Império Novo - 1550 - 1070 a.C.



Ó meu coração de minha mãe, ó meu coração da minha mãe, víscera do coração das minhas diferentes idades,
não te levantes contra mim em testemunho, não te oponhas a mim em tribunal, não mostres hostilidade contra mim na presença do guarda da balança!

Tu és o meu Ka que está no meu corpo, o Knum que torna prósperos os meus membros. Dirige-te para o bem, que nos está preparado no além! (...) Não inventes mentiras contra mim perante o grande deus, senhor do ocidente! Vê: da tua nobreza depende seres proclamado justo.

in "LIVRO DOS MORTOS" do Antigo Egipto


21 DE ABRIL


Festival da deusa egípcia Hathor, a Rainha do céu, da Terra e da Lua, a Criadora primordial, Mãe de todas as divindades. Manifestada sob sete aspectos, as sete Hathor eram associadas aos sete planetas e consideradas as protetoras das mulheres, do casamento, da família, das artes, do amor, da música e da astrologia. Eram elas que davam às pessoas as sete almas (ou corpos) ao nascer. Hathor foi reverenciada ora como mãe ou filha do Sol, com cabeça de vaca ou leoa, ora como mulher, adornada com os chifres lunares, ora como árvore da vida, a Senhora do céu e também do mundo subterrâneo, mãe da vida e da morte. Em seu aspecto escuro como Rainha dos Mortos, Hathor aparecia como a Esfinge, a Deusa Sakhmis ou Sekhmet, a Deusa com cabeça de leão. Hathor foi venerada em Israel, em seu templo de Hazor, até 1100 a.C, quando seu templo foi destruído e seu culto proibido.

Copiado de alta sacerdotisa e tirado do livro O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur

NOTA A MARGEM: ~

Ontem, POR INTUIÇÃO PURA, quis vir aqui colocar estes poemas a Hathor...mas não o fiz e só hoje soube ter-se tratado de um dia especial dedicado a Deusa. E aqui fica a minha homenagem na evocação da Deusa Hathor, Senhora do Céu, Rainha dos mortos...viva e presente no meu coração...

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Rosa!

A Deusa Hathor era a única deusa que orientava sacerdotes masculinos também.
Ela podia se apresentar como homem por ter incorporado o masculino e o feminino em si.
Suas sacerdotisas se chamavam Hathor, mas não se manifestavam juntas, não encarnavam todas ao mesmo tempo.
A deusa Sekhmet era toda fogo. Talvez representasse o calor do Sol sobre as terras egípcias, não sei. Mas com certeza representava o fogo da kundalini.
Ela se apresentava vestida de vermelho e uma cobra na testa. Com o Sol sobre a cabeça e um círculo com uma cruz de braços iguais atrás (Sírius). Não sei se era um conceito como Maat que representava a Verdade e Justiça. Um conceito.