Hoje, tal como já há muito tempo que aqui não escrevo, porque não tenho nada a acrescentar a nada...
Tenho é certo...saudades das sacerdotisas dos templos de outrora, e as mulheres e as deusas por vezes se desvanecem e esmorecem com a história...como as flores...que são efémeras...caiêm-lhes as pétalas, ficam dispersas ou perdidas ou não voltam...
Pensei que a água...sim que a água nos podia socorrer e matar a sede de nós...mas o deserto é mais forte e a areia demasiado agreste debaixo dos nossos pés...Caminhamos mas nem sempre vislumbramos o óasis...e a água não passa de miragem...
Ah! a sede...que me mata...a sede de ti ou de mim...a sede de eternidade num só gesto...mas a sede de verdade e de amor é incomensurável para esta vida de hoje vazia e seca...onde os sonhos são vagos e os abraços perjuros...
Tenho saudades do Egipto profundo e fecundo, das suas raízes e dos lagos...do papiro junto a margens...da Terra Amada!
Tenho saudades de ti que me reflectias a sua doçura e bondade...na simplicidade do SER quando se abre ao amor da Deusa e das palavras puras que se pronunciam vindas da alma...
Tenho saudades do luar que iluminava o teu rosto quando me levavas na Barca da Deusa e me mantinhas abraçada a ti e eu adormecia apaziguada no teu peito...do teu coração que batia tão perto do meu em sintonia com o murmurar das águas...
Eram os segredos que a magia do ar e do vento nos revelava...era um tempo em que a terra e o céu vibravam em harmonia com o todo e nos sintonizam com o universo inteiro...
rlp
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