Purificação
Etapas da formação de um discípulo.
1ª Iniciação
ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
… lembrarmo-nos do nosso futuro cósmico, do que está reservado para nós à medida que o nosso ser se sintetiza e vamos procurar simplesmente reencontrar o fio de sinceridade que liga a consciência exterior à sua origem, a mónada, e na proporção em que reconstituímos a sinceridade para com a voz central, uma harmonia sólida começa-se a instalar, em esfera, em torno do meu ser.
À medida que conquisto zonas de sinceridade cada vez mais verticais e axiais dentro de mim, em torno do meu ser instala-se, inexoravelmente, a harmonia. Este é o trabalho, estabilizar, reencontrar, fazer nascer, tornar incandescente a sinceridade que nos liga ao centro do nosso próprio ser. As portas do ser interno só se podem abrir na proporção em que eu próprio me souber abrir ao meu ser central. Cada uma destas portas exige um exercício mais profundo de sinceridade, de independência, exige um estado mais profundo de abertura. Lá, no centro do teu ser, está um Mestre, um tesouro, as portas servem para nos proteger do impacto demasiado directo da nossa própria divindade.
A sinceridade é equivalente a um martelo que bate num local incandescente e que alterna isso com água gelada para temperar a nossa estrutura interior. Como o nosso ser interno vive e é um estado muito alto de paixão, ela não pode ser vertida sobre ti sem que a qualidade do cálice receptor seja completamente enobrecida pela sinceridade.
Começa-se pela sinceridade, e um dia chega-se à tensão ardente, o equivalente a um arco esticado pronto a disparar uma flecha. Só os instrumentos romanos em estado de tensão ardente contêm a voltagem equivalente ao problema planetário.
Eu posso ter muitas dúvidas, porém, não a dúvida de que através da sinceridade eu recebo a mais alta energia que um ser pode passar a cada momento.
(...)
CONTINNUA EM
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