sexta-feira, outubro 28, 2011

A AFINIDADE COM O NOSSO KA...


O DUPLO
(...) O “eu” é o portador do nome que assiste, impotente, ao julgamento do seu coração. O Nome é o verbo aparente da personalidade humana terrestre; ele devia ser a expressão do seu Ka e da sua natureza, se ele estivesse correctamente atribuído. Ele é sempre a fórmula mágica que conserva a sua imagem na memória dos seres.
Ele é a veste do eu egoísta; é por isso, que quando este eu egoísta se apaga diante do homem consciente do seu fim altruísta, nós modificamos o seu nome para o pôr em harmonia com o seu Ser e a sua função verdadeira.

- Porquê que é que a alma - pássaro (BA) fica à parte na cena do julgamento?
- A alma divina é neutra, impassível e indiferente a esta história pessoal.

Se o SER HUMANO não cultivou a afinidade do seu KA por esta alma, se ele não estabeleceu, por um apelo constante ao seu ser espiritual, a relação que é a sua consciência recíproca, a alma volta para a sua pátria, e o seu ser unificado não se poderá realizar."

In HER-BAK “Disciple”, de Schwaller de Lubicz

DO LIVRO DA VIDA...



FÓRMULA PARA REPELIR UM OBSTÁCULO
QUE IMPEDE DE FALAR, (COLOCADO) NA BOCA

"Para trás! Recua perante estes dois propósitos que Isis disse quando tu vieste para por na boca de Osíris um obstáculo que impede de falar, por Set, seu inimigo, dizendo a seu respeito:
"Que o teu rosto pertença aquele que está atrás de ti, ó Face de Leão!" e "que a chama do olho de Hórus saia contra ti do interior do olho de Atum danificado, o senhor da noite, e que ele o devore! Recua perante mim! A abominação de ti está em mim e vice-versa" Se tu vens junto de mim, eu falarei contra ti: - "Recua perante os mutiladores de SHU!"

O LIVRO DOS MORTOS DO ANTIGO EGIPTO

quinta-feira, outubro 27, 2011

Olho Sagrado





«Vim a ti, Amon-Ra. Eu sou Thot, que se aproxima da época dupla para procurar o Olho Sagrado para o seu Mestre. Vim, encontrei o Olho Sagrado, e contei ao seu Mestre Hórus.
Vem a mim, Amon-Ra, para que me guies sobre este caminho onde cruzas, que eu aí penetre em forma de Olho-Ba (...)
Vi o deus! Vim a ele (...).
Entro na estátua de Maat para que Amon-Ra, Senhor de Karnak [Tebas], se una à sua bela Maat neste dia.»

Capítulo de entrada para o templo do ritual de Mut a Abydos

quinta-feira, outubro 20, 2011

Começa-se pela sinceridade,


Purificação

Etapas da formação de um discípulo.

1ª Iniciação

ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA



… lembrarmo-nos do nosso futuro cósmico, do que está reservado para nós à medida que o nosso ser se sintetiza e vamos procurar simplesmente reencontrar o fio de sinceridade que liga a consciência exterior à sua origem, a mónada, e na proporção em que reconstituímos a sinceridade para com a voz central, uma harmonia sólida começa-se a instalar, em esfera, em torno do meu ser.

 À medida que conquisto zonas de sinceridade cada vez mais verticais e axiais dentro de mim, em torno do meu ser instala-se, inexoravelmente, a harmonia. Este é o trabalho, estabilizar, reencontrar, fazer nascer, tornar incandescente a sinceridade que nos liga ao centro do nosso próprio ser. As portas do ser interno só se podem abrir na proporção em que eu próprio me souber abrir ao meu ser central. Cada uma destas portas exige um exercício mais profundo de sinceridade, de independência, exige um estado mais profundo de abertura. Lá, no centro do teu ser, está um Mestre, um tesouro, as portas servem para nos proteger do impacto demasiado directo da nossa própria divindade.

 A sinceridade é equivalente a um martelo que bate num local incandescente e que alterna isso com água gelada para temperar a nossa estrutura interior. Como o nosso ser interno vive e é um estado muito alto de paixão, ela não pode ser vertida sobre ti sem que a qualidade do cálice receptor seja completamente enobrecida pela sinceridade.

 Começa-se pela sinceridade, e um dia chega-se à tensão ardente, o equivalente a um arco esticado pronto a disparar uma flecha. Só os instrumentos romanos em estado de tensão ardente contêm a voltagem equivalente ao problema planetário.

Eu posso ter muitas dúvidas, porém, não a dúvida de que através da sinceridade eu recebo a mais alta energia que um ser pode passar a cada momento.
(...)
CONTINNUA EM


A ALMA E A VIDA



«Os Egípcios foram os primeiros que expuseram a doutrina da imortalidade da alma e o facto de que, depois da morte do corpo material, esta encarna num novo corpo que está por nascer; pretendem que quando a alma já conseguiu percorrer o ciclo dos animais do mar, da terra e do ar, logra entrar por fim num corpo humano, nascido ou preparado para ela...»
Heródoto
(485?-420 a.C.)

quarta-feira, outubro 19, 2011


KHEMI


Apetece-me a Terra vermelha
e calma afundar-me nela...


apetece-me a paisagem árida
com a Esfingie ao fundo...

e no horizonte ao longe
adivinhar o teu terno rosto

entre as sombras e as colunas do templo
acordar de um sonho antigo,

O Egipto...