quarta-feira, maio 02, 2018

MAS QUEM SABE?




Cleópatra VII... a última rainha do Egipto.


Mesmo que pareça mentira, pelas veias de Cleópatra não corria nem uma gota de sangue egípcio. A última rainha do Egito era descendente de Ptolomeu Lagos, o general de Alexandre Magno que fundou a dinastia lágida-ou ptolomea-do Egito, a mais duradoura da sua milenar história. No 69 a. C, quando nasceu Cleópatra VII, há mais de dois séculos que a sua família reinava em Alexandria.

Desde a sua posição de rainha do Egipto aproximou-se habilmente, através da sedução dos generais romanos que queriam anexar o Egipto ao seu território, para naturalmente evitá-lo e assim conservar o poder absoluto. Foi a última rainha da dinastia ptolomeica.

Cleópatra filopátor nea thea ou Cleópatra VII, como também lhe chamou, nasceu em Alexandria no ano de 69 a. C. E morreu em 30 A.C. era filha de Ptolomeu XII, do qual recebeu o trono após a sua morte e também, tal como era costume naquela época, foi casada com o seu irmão Ptolomeu XIII. Ambos os irmãos ficaram a cargo do Reino do Egipto quando o seu pai morreu. No entanto, a voraz ambição dos irmãos não levaria a gerar os problemas que acabaram com o deposição de Cleópatra.

Cleópatra era uma mulher extremamente inteligente e capaz, foi educada à base de uma instrução grega, em diferentes disciplinas (Medicina, astronomia, matemática, música, literatura e ciências políticas) como era usual para o tempo e além de falar perfeitamente a língua egípcia soube. Dominar outros: Aramaico, sírio, latim, hebraico e grego. Aqueles que a conheceram, garantiram-lhe que era uma mulher com boas maneiras e delicadas, o que a transformou no objecto de desejo de muitos homens do seu tempo.

Quando corriam os anos 50 e 49 a. C., no Egito, eclodiu a guerra civil, enquanto algo semelhante ocorria em Roma e até o Egito chegou pompeu, inimigo de Júlio César, para encontrar refúgio. E quando Júlio César chegou ao país do Nilo e deparou-se com a atraente e doce Cleópatra não demorou a decidir com qual irmão se alliaria: Cleópatra. Em seguida, a guerra eclodiu e tanto ptolomeu xiii como pompeu morreram nela.

Depois da guerra de Alexandria, Júlio César, restaurou o trono a Cleópatra e, imediatamente, tornaram-se amantes, ao mesmo tempo que se casava com o seu próximo irmão Ptolomeu XIV, a quem, naturalmente, também manipulou como lhe deu a vontade.

O objectivo de Cleópatra era, através da sua influência em César, que o Egipto recuperasse o seu poder na região do Mediterrâneo oriental e se tornasse o grande aliado de Roma, mas o assassinato de César expulsou os seus planos. Ambos tinham um filho comum: Cesário.

Teria perdido a oportunidade, mas não se ia desistir e assim é que morto César, voltou para o Egito e posou seu interesse em seu sucessor: O Cônsul Marco António, a quem também adoraria, mas antes matou o seu marido-Irmão Ptolomeu IV. E nomeou-o corregente do seu reino para o seu filho Cesário.

No ano 37 A.C. Cleópatra se casa com marco António, que já era casado com octavia e lhe cede vários territórios conquistados, Chipre, fenícia e Creta, com o que, o Egito, recuperava os seus limites originais.

Nesse momento, a inimizade entre Otávio, o primeiro e futuro imperador romano, com marco António era um fato concreto e Octávio o denuncio perante o senado romano como um fantoche de Cleópatra que atentaria no final de contas contra os interesses de Roma. Esta situação, somada ao repúdio tradicional que sempre havia despertado cleópatra no povo romano pelos seus excessos e luxos desmedidos fez com que a opinião pública e o Senado se pusessem do lado de Octávio e assim é que Roma declarou guerra ao Egipto.


Na batalha de actio, no dia 2 de setembro do ano 31 A.C. Marco António é derrotado por Augusto e perante o conhecimento de uma falsa notícia que dizia que cleópatra tinha falecido, Marco António Suicida-se.

Os planos de Octávio eram tomar a rainha como prisioneira e exibir em Roma durante a tradicional cerimónia conhecida como triunfo, simbolizando com isso a superioridade e a vitória sobre a humilhada inimiga a que o povo de Roma tanto odiava. Isso aumentaria ainda mais se o seu apoio popular e a decisivamente as suas aspirações políticas.

Cleópatra apercebeu-se do fim que a esperava depois de se encontrar com Octávio, um homem frio e calculista que, ao contrário de César e António, não poderia seduzir ou azar de forma alguma. Vendo, pois, o seu futuro como escrava, talvez no reino de que tinha sido soberana (convertido agora na província romana do Egito), Cleópatra escolheu morrer e tomou a decisão de se suicidar. De acordo com a versão mais difundida, pediu às suas criadas iras e charmion que lhe trouxessem uma cesta com frutas e que colocassem dentro uma cobra egípcia (o famoso áspide), responsável pela sua morte, no final de agosto do ano de 30 A.C. outras Versões relatam que tirou a vida ao conhecer o suicídio do seu marido. Antes de falecer, escreveu uma carta a Octávio, em que lhe comunicava o seu desejo de ser enterrada ao lado de Marco António, e assim foi feito. Desconhece-se o local da sua sepultura. Zahl hawass coloca-a em taposiris magna, a 30 km de Alexandria, embora as escavações realizadas em junho de 2008 descartaram esta hipótese.

Cabe salientar que foi tal o carisma e beleza de Cleópatra, que ele próprio plutarco, escritor romano, rigoroso biógrafo de vidas paralelas que se perdem no tempo, colocou as coisas em seu lugar ao apontar a verdadeira essência do encanto da rainha egípcia: " sua beleza não era tal que deslumbrase ou que deixasse parados aqueles que a viam; mas seu trato tinha um atrativo inevitável, e sua figura, ajudada de sua lábia e de uma graça inerente à sua conversa, parecia que deixava pregado um ferrão em O ânimo ".


... fonte http://www.quien.net/cleopatra





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