quinta-feira, maio 23, 2019

Nut



NUT, A DEUSA EGÍPCIA REGENTE DO CÉU

“Nut, minha divina mãe, estende teus braços sobre mim, afastando as sombras e me protegendo enquanto brilharem no céu as imorredouras estrelas”.
(Inscrição sobre um peitoral encontrado no túmulo de Tutankhamon junto à sua múmia)



“Eu sou Nut e vou abraçar e proteger aqueles que vierem a mim, afastando todos os males”.

(Texto inscrito sobre a tampa dos sarcófagos)

“Grande Deusa, Tu que te tornaste céu, Tu és poderosa e forte, bela e bondosa e a própria Terra se prosterna aos Teus pés. Tu abranges toda a criação nos Teus reluzentes braços e recebes as almas, tornando-as estrelas que embelezam a vastidão do Teu corpo”.
Mirella Faur

"Nut é a Deusa Mãe de Osíris e Ísis, Seth e Néftis.
Nut, Nuit, Nith ou Neit representava o céu, simbolizado pelo seu corpo, aparecia como uma mulher com pele negra, dourada ou azulada, com cabelos trançados e sua vestimenta ornada por estrelas. Outra imagem a representava como uma belíssima mulher nua, carregando uma vasilha com água sobre sua cabeça, uma alusão ao seu dom de verter a chuva sobre a terra e ao fato que das suas lágrimas teria nascido o rio Nilo.
Muitas vezes aparecia sob a forma de uma vaca (imagem comum a outras deusas) ou emergindo do tronco de uma árvore e oferecendo uma bandeja com água e pão aos falecidos.

Do ponto de vista matrifocal, Nut é a toda-abrangente força feminina do oceano primordial, o fundamento da criação; ela guarda no seu corpo o Sol, a Lua e as estrelas como seus filhos transitórios e efémeros, pois eles nascem e desaparecem com as marés do seu corpo.
Nut preserva seu papel central como o céu noturno, a mãe cuidadora dos mortos, que abraça e cuida das almas à espera do seu renascimento.


Vários mitos descrevem a trajetória do Sol no céu do leste ao oeste. De acordo com uma lenda egípcia, todas as noites, quando o Sol desaparecia no horizonte, Nut engolia o astro rei, que percorria o seu corpo durante a noite, descansando no seu ventre (“a gruta secreta”) e o dava à luz todas as manhãs como radiante disco solar. A manhã simbolizava a renovação de toda a criação, uma analogia com o rejuvenescimento e a ressureição dos mortos.
Acreditava-se que ela estendia a mão aos que tinham morrido, consolando-os e os colocando como estrelas para iluminar o seu corpo.

Segundo os “Textos das Pirâmides”, a sua função era de "cobrir o corpo do deus", de tal modo que no interior das tampas dos sarcófagos e na parte interna da base, Nut era representada com uma imagem
Ana Palma, Professora em Spiritual Freedom School 

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