Depois, vinham os caminhos misturados. A seiva escura já em salmos. A paz que te cantei toda de vento. E todo o saber de que tens merecimento.
Antes, estiveram os vates encostados aos fogos, vestes na fonte enegrecida do Logos.
Esperei sempre por ti no cume das coisas, e, sempre sem ti, fui por entre mim as indistintas outras. Cosas loucas. Vestes nuas. Criaturas. Negras marés. Fontes tantas. Outras chuvas. Rosas. Sóis. O instante. O servo… o medo. Dói.
Sou a dor petrificada em todos os lençóis.
Uma chama em gelo, um gelo que queima, um lagar de azeite nas cruentes formas.
Um girassol além, sorrindo na distância de um astro sem nome e, sabendo tudo da minha fome.
AMÉLIA VIEIRA (poeta)