Todas as galáxias passam por um estágio explosivo periódico. La Violette calcula que a última vez que nossa galáxia se tornou ativa foi por volta de 3 mil anos atrás. Ele acreditava que essa explosão do centro da galáxia possivelmente tenha durado mil anos. Esse autor nos diz que, da perspectiva da Terra, essa incrivel emissão de luz seria modelada como um olho gigante no céu entre Sagitário e Escorpião. Além de se assemelhar a um olho, para nosso antigos ancestrais essa explosão galáctica gigantesca também se assemelharia a um útero. E a visão de um útero galáctico abrilhantando os céus noturnos, por cerca de mil anos ou mais, pode ter dado origem ao mito de Isis. Em seu apelo como mãe da criação, é durante essa fase explosiva que a face de Isis finalmente se revela. Após essa fase brilhante de nascimento, após o centro explosivo ter se tornado finalmente tranquilo, Isis, mais uma vez, torna-se a Deusa do Véu Escuro, cuja face torna-se outra vez oculta à nossa visão.
O centro de nossa galáxia tem um brilho milhares de vezes maior do que qualquer outra parte do corpo ga. Contudo, devido a poeira e aos escombros, essa presença maravilhosa se oculta à nossa visão. Os véus escuros de Isis estão estendidos entre nosso planeta e o centro de criação.
A inscrição no templo de Isis, em Sais, estabelece que o fruto que ela gerou é o Sol. Nossa estrela local radiante emergiu da poeira proveniente dos espasmos da fornalha ardente, que repousa no centro de toda a criação em nossa galáxia. De fato, pode-se dizer que tudo o que é - toda a natureza, seres humanos e até mesmo a consciência humana - veio originalmente desse útero da galáxia. Se ela é Isis, então nossa galáxia é a Grande Mãe, a Criadora e a Força Feminina a partir da qual tudo emerge, com seu útero grávido contínuamente dando à luz milhões de Horus ou estrelas que brilham em seu corpo celeste. Esse conhecimento dos fogos internos e gases comprimidos da criação, queimados e transmutados no cadinho de seu útero, repousa no coração da tradição ocidental da alquimia.
(IN JANELA DA ALMA)
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